Monitoramento da pressão intra-abdominal
Monitorização da PIA – Pressão Intra-abdominal
A WSACS (Sociedade Mundial de Síndrome Compartimental Abdominal) recomenda que os pacientes devem ser selecionados quanto aos fatores de risco de HIA / SCA, na internação em uma UTI e na presença de nova ou progressiva falência de órgãos. A WSACS gerou definições de consenso e compartilha o conhecimento sobre diagnóstico, controle e tratamento de HIA e de SCA. http://archive.wsacs.org/consensus.php
Ao utilizar os protocolos com base nas diretrizes da WSACS, os médicos podem monitorar a PIA em pacientes em risco e intervir para melhorar os resultados dos pacientes. 1, 2, 3
O gerenciamento dos pacientes, de acordo com um algoritmo que inclui intervenções cirúrgicas e não cirúrgicas, demonstrou aumentar a taxa de sobrevivência dos pacientes, ao mesmo tempo em que reduz o tempo de internação na UTI e no hospital.4
A progressão perigosa da hipertensão intra-abdominal
Os pacientes que passam por uma ressuscitação, especialmente no cenário dasepse ou choque séptico, ocorrerá o extravaxzamentodo fluido intravascular para o tecido. Grandes quantidades desse fluido podem acumular no abdome na forma de fluido livre e de edema intersticial. À medida que esse fluido acumula, a pressão no abdome começa a subir5. Assim que a pressão intra-abdominal PIA) excede 12 mm Hg, ela é definida como uma hipertensão intra-abdominal (HIA)1, uma síndrome encontrada em 30 a 50 % dos pacientes gravemente doentes5, 6*.Caso não seja detectada, a HIA pode progredir para uma disfunção múltipla de órgãos, síndrome compartimental abdominal e óbito.
Infelizmente, aHIA não pode ser identificada por meio de um exame físico7, e, portanto, uma detecção e o controle apropriados da HIA, exigem uma seleção de todos os pacientes em risco para HIA por meio do monitoramento de PIA. O método comum de medição da PIA é por meio da da pressão através da bexiga, utilizando um cateter de Foley de duas vias.
- Malbrain ML, Cheatham ML, Kirkpatrick A, et al. Results from the International Conference of Experts on Intra-abdominal Hypertension and Abdominal Compartment Syndrome. I. Definitions. Intensive Care Med. 2006; 32:1722–1732.
- Cheatham ML, Malbrain, ML, Kirkpatrick, A et al. Results from the International Conference of Experts on Intra‐abdominal Hypertension and Abdominal Compartment Syndrome. II. Recommendations. Intensive Care Med. 2007; 33:951–962.
- Cheatham ML. Nonoperative Management of Intraabdominal Hypertension and Abdominal Compartment Syndrome. World J Surg. 2009 Jun;33(6):1116‐22
- Cheatham, ML, Safcsak RN. Is the evolving management of intra‐abdominal hypertension and abdominal compartment syndrome improving survival? Crit Care Med, 2010. 38(2); 402‐407
- Malbrain ML, Chiumello D, Pelosi P, et al. Incidence and prognosis of intra-abdominal hypertension in a mixed population of critically ill patients: A multiple-center epidemiological study. Crit Care Med. 2005;33 (2):315-322.
- Malbrain ML, Chiumello D, Pelosi P, et al. Prevalence of intra-abdominal hypertension in critically ill patients: a multicentre epidemiological study. Intensive Care Med (2004) 30:822–829.
- Sugrue M, Bauman A, Jones F et al. Clinical Examination is an Inaccurate Predictor of Intra-abdominal Pressure. World J. Surg. 2002;26:1428-1431.
* Reported incidence and prevalence of IAH varies depending upon definition, patient population, frequency of measurement and reporting of mean or maximal values.